Arthur Zanetti, se
quisesse, poderia usar uma das músicas mais famosas de Belchior como tema de
vida. Era "apenas um rapaz Latino-Americano sem dinheiro no banco, sem
parentes importantes, vindo do interior". Não era famoso. Era quase
desconhecido. Seu perfil no Twitter tinha cerca de 500 seguidores, contra mais
de 200 mil de, sabe-se lá, Valesca Popozuda (Nada
contra a moça, apenas um Exemplo). Tinha algumas milhares de menções no
Google, mas longe das quase 7 milhões de referências à, sabe-se lá, Mulher
Melancia (De novo, nada contra a moça, apenas outro Exemplo).
Horas depois, a música de Belchior não lhe serviria mais. Ele deixaria de ser
apenas mais um rapaz Latino-Americano. Passaria a ser o melhor deles naquilo em
que é especialista. Viraria o primeiro Brasileiro, também o primeiro
Latino-Americano, Campeão Olímpico de Ginástica.
Admitamos, quantos de
nós reconheceríamos Zanetti se ele cruzasse nosso caminho em uma rua qualquer
há poucos dias? Quantos de nós imaginaríamos que aquele Baixinho de 1 metro e
56, era um atleta Olímpico, e dos bons, daqueles que podem se pendurar em um
par de argolas, testar o limite de seus músculos, se contorcer como se fosse
feito de borracha? Quantos de nós, até bem pouco tempo atrás, sabíamos da
existência de Valesca Popozuda e da Mulher Melancia, mas não de Arthur Zanetti?
Pois é dele a segunda medalha de Ouro do Brasil em Londres (A primeira foi da Judoca Sarah Menezes de Teresina Piauí).
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