terça-feira, 7 de agosto de 2012

Zanetti não é mais Apenas um Rapaz Latino-Americano...

Arthur Zanetti, se quisesse, poderia usar uma das músicas mais famosas de Belchior como tema de vida. Era "apenas um rapaz Latino-Americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, vindo do interior". Não era famoso. Era quase desconhecido. Seu perfil no Twitter tinha cerca de 500 seguidores, contra mais de 200 mil de, sabe-se lá, Valesca Popozuda (Nada contra a moça, apenas um Exemplo). Tinha algumas milhares de menções no Google, mas longe das quase 7 milhões de referências à, sabe-se lá, Mulher Melancia (De novo, nada contra a moça, apenas outro Exemplo). Horas depois, a música de Belchior não lhe serviria mais. Ele deixaria de ser apenas mais um rapaz Latino-Americano. Passaria a ser o melhor deles naquilo em que é especialista. Viraria o primeiro Brasileiro, também o primeiro Latino-Americano, Campeão Olímpico de Ginástica.
Admitamos, quantos de nós reconheceríamos Zanetti se ele cruzasse nosso caminho em uma rua qualquer há poucos dias? Quantos de nós imaginaríamos que aquele Baixinho de 1 metro e 56, era um atleta Olímpico, e dos bons, daqueles que podem se pendurar em um par de argolas, testar o limite de seus músculos, se contorcer como se fosse feito de borracha? Quantos de nós, até bem pouco tempo atrás, sabíamos da existência de Valesca Popozuda e da Mulher Melancia, mas não de Arthur Zanetti? Pois é dele a segunda medalha de Ouro do Brasil em Londres (A primeira foi da Judoca Sarah Menezes de Teresina Piauí).

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